terça-feira, 1 de setembro de 2015

Celebrações de Setembro

23 - Equinócio de Outono, Mabon (em 2015 às 8:20)
29 - Festa de S. Miguel e todos os anjos, Michaelmas
todo mês - Festas das Vindimas

domingo, 16 de agosto de 2015

No eco-festival, Tribojam


Depois do período de reclusão pós-bebés, sinto que estou a viver um momento de expansão. Os miúdos crescem, e estes tempos de férias têm sido um baú de intimidade expansiva. É como se o tempo dos bebés estivesse a acenar-me a mão e a dizer adeus. A cada dia que passa, o Gabriel afirma uma independência provocadora e o Guilherme distancia-se do bebé que ainda é. Sinto alguma nostalgia, mas sinto uma maior alegria por observar a camaradagem que partilhamos.

Rumámos a uma comunidade de alguns amigos, em Nisa, a Tribodar, que celebrou este ano, mais um Tribojam, um eco-festival onde se pretende a partilha de saberes, vivências. Toca-se muita música e vive-se um ambiente comunitário.

Foram dez dias, e confesso que nos dois-três primeiros, ainda estive a habituar-me à rotina da vida no festival, com crianças. Pseudo-sestas, calor na tenda, e fuga às refeições, foram os meus únicos dramas. Após o reconhecimento inicial, tudo assentou e posso dizer que a cada dia que passava, mais eu gostava. No final, fiquei com saudades. Todos os dias chegavam pessoas novas, algumas delas, amigos de outros tempos, tempos-de-maria-sem-filhos. Descobri que sou mulher, que não tenho medo de pessoas, nem de multidões. Amparei birras espetaculares em público, e elas não me assustaram. Conheci pessoas novas, bonitas, like-minded. Vivi 95% no presente, e quando cheguei a casa tinha menos olheiras. Não alimentei esperanças de participar nos workshops que queria, ou de alimentar conversas em profundidade, mas participei nos workshops que o presente me ofereceu, e conversei muito, sem complexos e sem travões. Conheci mães e recebi elogios inspiradores. Observei o movimento livre, tão livre, de crianças em liberdade. "Parecem bandos de pardais à solta, os putos". Voluntariei-me para ajudar ao pequeno almoço, e a cada manhã o meu coração enchia-se de alegria, quando avistava dois meninos, bem pequeninos, a competirem com a luz do sol, a subirem a quinta, lá ao longe, descalços, atentos ao caminho, em direção à cozinha comunitária, em direção à mamã.

sexta-feira, 7 de agosto de 2015

De partida


Estamos de partida. Para mais um acampamento, desta vez cheio de pessoas. Depois de um primeiro teste que correu muito bem, acho que já estamos crescidos para uns dias, e umas noites fora de casa.
Até já!

quinta-feira, 6 de agosto de 2015

quarta-feira, 5 de agosto de 2015

Intensidade



Há dias em que estamos prestes a ferver. Fomos acordadas 3 vezes durante a noite, numa delas estávamos a ter um sonho maravilhoso, noutra, fomos acordadas porque "não encontro o Romeu" (o boneco), e na outra, para endireitar os lençóis..
Depois chega o dia e parece que há um cansaço que não se apaga, uma pausa que não chega. Estamos menos pacientes, mais relutantes em ceder, e menos criativas em encontrar soluções positivas.
Em consequência, é provável que nestes dias eles estejam prestes a detonar limites. Começo por controlar a voz, por tentar ser assertiva e agir no momento certo, mas a provocação persiste.

Nestes últimos dias, ao estar com eles full-on-all-day-non-stop, tenho a oportunidade de reconhecer, o valor das mulheres de antigamente, que criavam filhos enquanto trabalhavam, que eram mães, mulheres e tias, tudo em simultâneo. E também me leva a constatar, mais uma vez, a bênção que é poder te-los por perto. Porque durante os momentos de desafio, provocações e confronto, cai o véu da perfeição, e expõe os comportamentos e facetas que não se revelam à distância.

Vejo a imensidão dos desafios que tenho como pessoa e como mãe, tenho a oportunidade de observar a minha reação às situações de stress (não, não tenho levado muitas taças ultimamente..), que por vezes é tão diferente do que acreditamos estar certo quando temos a mente limpa. Por outro lado, nestes dias tenho visto de perto atitudes e comportamentos nos meus filhos, que gostaria de poder ajudar a direcionar num outro sentido. Coisas simples. Coisas que ainda existem na raiz ao ser criança. Mas que mais tarde poderão tomar formas, que lhes tornarão mais difícil a tarefa de Ser Homem. É muito mais fácil dar de comer à boca do Guilherme. Porque não suja, porque ele come, porque não se distrai. Mas ele já sabe comer com a sua mão, então porque estou a continuar a alimentar uma incapacidade motora que já foi conquistada? Porque é mais fácil. Porque não suja, porque ele come, porque não se distrai. E ele encosta-se e brinca e não mexe na colher. Num bebé, não quer dizer nada. Num adulto, quer dizer preguiça. São nas pequenas coisas que podemos atuar. Às vezes, muitas vezes, atuar quer dizer não fazer nada. Observar, aguardar, querer.

Por isso agradeço o confronto, agradeço as revelações. Amanhã vai ser melhor.

sábado, 1 de agosto de 2015

Celebrações de Agosto

All Year Round, Elsa Beskow


1 - Lughnasadh, Festa da Abundância

sexta-feira, 31 de julho de 2015

Mesa da Estação, Julho


"O jardim selvagem e pujante estava repleto do sussurro e frémito de vidas diminutas. Por entre a vegetação rasteira, uma cobra esfregava-se contra uma pedra cintilante. Rãs amarelas, enormes e esperançadas, navegavam pelo lago escumoso à procura de parceiros. Um mangusto encharcado disparou pela alameda coberta de folhas."
                                                           O Deus das Pequenas Coisas, Arundhati Roy
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